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Sete em cada dez gaúchos acreditam que destruição provocada por enchentes poderia ter sido evitada, diz Datafolha

Maioria dos gaúchos responsabiliza tanto os governos locais quanto a instância federal e a própria população pelos estragos.

Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Brasil)

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247 - A devastação causada pelas enchentes históricas no Rio Grande do Sul nos últimos dois meses poderia ter sido evitada, segundo sete em cada dez gaúchos entrevistados. Essa percepção é compartilhada pela maioria dos brasileiros, que apontam as três esferas governamentais, parlamentares e a própria população como responsáveis pela tragédia.

A pesquisa, conduzida pelo Datafolha e divulgada neste domingo (3) pela Folha de S. Paulo, entrevistou 2.457 brasileiros em todas as regiões do país, incluindo 567 moradores do Rio Grande do Sul. A margem de erro para a amostra estadual é de 4 pontos percentuais, enquanto para a população brasileira é de 2 pontos percentuais, ambas com nível de confiança de 95%.

Entre os gaúchos, 75% acreditam que os danos poderiam ter sido evitados, com uma diferença mínima em relação ao Brasil como um todo, onde 72% compartilham dessa opinião. Na região metropolitana de Porto Alegre, área severamente afetada por falhas em diques, essa percepção é ainda mais forte, com 81% dos moradores afirmando que a destruição era evitável. No interior do estado, 67% dos entrevistados concordam com essa opinião.

Problemas no sistema de contenção de alagamentos da capital são apontados há mais de uma gestão. Engenheiros como André Luiz Lopes da Silveira, ex-diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, ressaltam que a prevenção dos estragos teria sido possível com manutenções preventivas e protocolos de inspeção frequentes.

A maioria dos gaúchos responsabiliza tanto os governos locais quanto a instância federal e a própria população pelos estragos. Segundo a pesquisa, 85% dos gaúchos atribuem culpa às prefeituras, 84% à população, 83% ao governo do Rio Grande do Sul e 80% ao governo federal. Os moradores de Porto Alegre e região são ainda mais críticos neste ponto, com 93% responsabilizando as prefeituras e 92% o governo estadual.

A avaliação do desempenho dos mandatários diante da crise é equilibrada. Os índices de ótimo e bom, regular, ruim e péssimo em relação ao governador Eduardo Leite (PSDB) estão empatados dentro da margem de erro, variando entre 36% e 31%. Prefeitos gaúchos também tiveram um empate técnico nesses índices. A avaliação do presidente Lula no socorro às vítimas foi considerada boa ou ótima por 31%, regular por 27% e ruim por 40%. 

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