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    São Paulo decreta emergência em saúde pública por causa da dengue

    Neste ano, já foram registradas no Brasil 131 mortes por dengue. Em 2024, a doença matou 6.216 pessoas no país, sendo 2.174 no estado de São Paulo

    Aedes aegypti, o mosquito da dengue (Foto: Paulo Whitaker - Reuters)
    Guilherme Paladino avatar
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    Guilherme Jeronymo, repórter da Agência Brasil - A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (19), a decretação de situação de emergência em saúde pública no estado devido à persistência e agravamento da epidemia por dengue. O anúncio foi feito no Instituto Butantan, pelo secretário Eleuses Paiva.

    O diretor do Butantan, Ésper Kallas, acompanha o desenvolvimento da vacina de dose única contra a dengue desde os seus estágios iniciais, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O imunizante está em fase final de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não tendo sido ainda divulgados  planos e prazos para produção e disponibilização em massa. Tanto Kallas quanto Paiva têm assento no Centro de Operações de Emergências para as Arboviroses (COE), colegiado que recomendou o decreto.

    A principal justificativa para a mudança de patamar está no reconhecimento de que a alta incidência da doença – 300 casos para cada 100 mil habitantes – já é comum no estado, atingindo 225 municípios. Sessenta destes já instituíram decretos municipais de emergência em razão da doença. Dados estaduais confirmam 124 mil casos da doença este ano, com 113 óbitos, segundo o painel do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies), estadual. Ainda estão em investigação 233 óbitos. 

    De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, já foram registradas no país 131 mortes pela doença. No ano passado, a dengue causou a morte de 6.216 pessoas no Brasil, das quais 2.174 no estado de São Paulo. Normalmente o período de maior incidência da doença ocorre entre abril e junho, como ocorreu no ano passado.

    Medidas de apoio - Na reunião do COE foram anunciadas medidas de reforço para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, e para o atendimento aos pacientes. Está previsto aumento de 20% no que a Secretaria de Saúde chama de Teto MAC (Média e Alta Complexidade), ou seja, um pagamento maior para custear o atendimento de pacientes graves da doença em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

    A pasta também liberará mais R$ 3 milhões em equipamentos de nebulização para combater o vetor (mosquito) e um valor ainda não informado de medicamentos e itens de saúde, como sais de reidratação oral e soro fisiológico, que serão repassados a municípios onde o abastecimento dos insumos esteja prejudicado.

    A área de Comunicação anunciou reforço nas campanhas de conscientização, como o portal Dengue 100 Dúvidas e a campanha multimídia São Paulo: Somos Todos Contra O Mosquito da Dengue, como meios de manter a população em alerta para a importância de vigiar o aparecimento de criadouros.

    Febre Amarela em alta - O estado de São Paulo também atualizou números da febre amarela, que se mantêm altos entre as pessoas não foram vacinadas e estiveram em áreas rurais. São 15 casos e 9 mortes este ano, no estado.

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