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      Comércio exterior da China cresce 1,3% no primeiro trimestre, apesar da escalada tarifária dos EUA

      Exportações chinesas avançam 6,9% no período, enquanto importações recuam 6%, refletindo tensões comerciais com os Estados Unidos​

      Porto na China (Foto: Xinhua)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O comércio exterior da China apresentou crescimento de 1,3% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 10,3 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 1,41 trilhão). Este desempenho marca o oitavo trimestre consecutivo em que o volume comercial supera a marca de 10 trilhões de yuans, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pela Administração Geral das Alfândegas da China (GAC).​

      As exportações chinesas cresceram 6,9% no período, alcançando 6,13 trilhões de yuans, enquanto as importações caíram 6%, somando 4,17 trilhões de yuans. O superávit comercial do país atingiu 1,96 trilhão de yuans. Analistas atribuem o aumento nas exportações ao adiantamento de pedidos por parte dos exportadores, antecipando-se à imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos. ​

      Em março, as exportações chinesas registraram um crescimento de 12,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, superando as expectativas dos analistas. No entanto, autoridades chinesas alertam para um futuro incerto devido à intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos, liderada pelo presidente Donald Trump, que impôs tarifas severas. ​

      O comércio com os países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) aumentou 7,1% no primeiro trimestre, totalizando 1,71 trilhão de yuans, enquanto o comércio com a União Europeia cresceu 1,3%. Esses números refletem os esforços da China em diversificar seus mercados e impulsionar o mercado interno como estratégia frente ao protecionismo. ​

      Apesar das tensões comerciais, a China continua a desempenhar um papel de âncora de estabilidade para o comércio global. Analistas destacam que o país possui capacidade industrial robusta, coordenação eficiente nas cadeias de suprimentos globais e competitividade crescente, o que contribui para sua resiliência diante das adversidades. ​

      A China também tem fortalecido suas relações comerciais com parceiros da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), também conhecida como as novas rotas da seda, com o comércio com esses países crescendo 2,2% no primeiro trimestre, representando 51,1% do comércio exterior total do país. ​

      Em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos, a China aumentou suas próprias tarifas sobre produtos americanos para 125%. O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que "os fatos têm mostrado e continuarão a mostrar que não há vencedores em uma guerra comercial e o protecionismo não leva a lugar nenhum". ​

      O vice-chefe da GAC, Wang Lingjun, destacou que, apesar dos desafios externos crescentes, localidades, agências governamentais e empresas orientadas para exportação responderam ativamente, garantindo um início estável para o comércio exterior da China no primeiro trimestre. ​

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