247 - A ex-ministra das Relações Exteriores da Áustria, Karin Kneissl, afirmou que a Rússia "venceu" a guerra contra a Ucrânia, ao demonstrar resiliência diante das sanções e desafios impostos pelo Ocidente. Em entrevista à agência russa <a href="https://tass.com/world/1920915">TASS</a>, Kneissl destacou que o país contrariou previsões pessimistas que apontavam para um colapso econômico e desestabilização política.
"Para mim, a Rússia venceu no sentido de que não foi derrotada. Disseram que o país poderia ser esmagado no campo de batalha, que retrocederia ao nível da Idade Média e que a sociedade russa seria arruinada. No entanto, isso nunca aconteceu", afirmou Kneissl. Segundo a ex-ministra, as expectativas europeias de um desmoronamento interno do Kremlin e de uma fragmentação territorial em dezenas de novas nações também não se concretizaram.
A estabilidade política e o apoio popular ao governo russo foram aspectos ressaltados por Kneissl como fundamentais para o desfecho que ela considera uma vitória do país. "Nenhum tumulto em massa que a Europa esperava ou gostaria de ver aconteceu", enfatizou. Ela acrescentou que "a população apoia o governo e lida com a nova realidade".
A ex-ministra austríaca, que nos últimos anos tem se aproximado cada vez mais da Rússia e assumiu um cargo na Universidade Estatal de São Petersburgo, reforçou que a capacidade do país de se manter econômica e politicamente estável contradiz o que era amplamente esperado por analistas ocidentais. "Ninguém esperava que a Rússia fosse tão estável", destacou.
As declarações de Kneissl ocorrem em um contexto de intensas sanções aplicadas à economia russa desde o início do conflito na Ucrânia, além de sucessivos pacotes de apoio militar do Ocidente a Kiev. Apesar disso, Moscou continua mantendo sua posição estratégica e avançando militarmente em várias frentes. Para a ex-ministra, o que se observa é um fortalecimento interno do governo e uma resistência maior do que a prevista.
A perspectiva expressa por Kneissl se alinha à narrativa promovida pelo Kremlin de que as sanções e as tentativas ocidentais de isolar a Rússia fracassaram. Ao mesmo tempo, analistas internacionais alertam que o impacto econômico das restrições à Rússia pode se tornar mais evidente no longo prazo, com efeitos ainda não totalmente mensurados.

Guilherme Levorato

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Mundo

'A Rússia venceu a guerra', diz Karin Kneissl, ex-chanceler da Áustria

(Reuters) – Os três maiores partidos centristas do parlamento da Áustria concordaram em formar um novo governo de coalizão, deixando de lado o partido de extrema-direita Liberdade (FPO), apesar de ele ter ficado em primeiro lugar nas eleições parlamentares de setembro.
Abaixo estão algumas das principais políticas do programa conjunto de governo de 211 páginas, publicado na quinta-feira.
Cada partido adicionou pontos de especial importância para sua base. O conservador Partido Popular foca fortemente em imigração e segurança, que também são centrais para o FPO, enquanto os Social-Democratas querem aumentar os impostos sobre os mais ricos e sobre empresas, e o partido Neos defende cortes de impostos e reforma da previdência.
<h3>IMIGRAÇÃO</h3>
<ul>
 <li>Suspender imediata e temporariamente a reunificação familiar para refugiados e buscar mudanças nas regras da União Europeia sobre esse tema.</li>
 <li>Apoiar "conceitos inovadores com terceiros países para evitar a migração ilegal na área de proteção e retorno".</li>
 <li>Opor-se a receber mais solicitantes de asilo de outros países da União Europeia por meio de programas de realocação ou reassentamento da UE, até que a proteção das fronteiras externas do bloco esteja totalmente funcional.</li>
 <li>Criar poderes legais mais amplos para confiscar pertences de solicitantes de asilo ao chegarem ao país, com exceção de objetos pessoais, para cobrir alguns custos de manutenção, como moradia.</li>
 <li>Deixar claro que solicitantes de asilo não terão esperança de se tornarem cidadãos austríacos a menos que aprendam alemão e se integrem.</li>
 <li>No caso de aumento no número de pedidos de asilo, a Áustria se reservaria o direito de parar de aceitar novas solicitações.</li>
</ul>
<h3>SEGURANÇA/POLÍTICA EXTERNA</h3>
<ul>
 <li>Apoiar totalmente o princípio de que não deve haver negociações de paz sobre a Ucrânia sem a participação da Ucrânia, condenando a guerra de agressão da Rússia.</li>
 <li>Trabalhar em uma estratégia de diversificação do gás, enfatizando segurança no fornecimento, resiliência, acessibilidade e descarbonização.</li>
 <li>Buscar o fim formal das negociações de adesão da Turquia à União Europeia e, em vez disso, encontrar uma nova base para as relações bilaterais entre a Turquia e o bloco.</li>
 <li>Tornar crime a disseminação de propaganda islâmica e introduzir medidas criminais mais rígidas contra o "islamismo político".</li>
</ul>
<h3>ECONOMIA</h3>
<ul>
 <li>Evitar um procedimento de déficit excessivo da União Europeia, alcançando economias de mais de 6,3 bilhões de euros neste ano e 8,7 bilhões no próximo.</li>
 <li>Implementar reformas previdenciárias e incentivos para que idosos continuem trabalhando, visando economizar 1,45 bilhão de euros até 2028 e 2,9 bilhões até 2031.</li>
 <li>Eliminar a isenção do imposto sobre valor agregado (IVA) para painéis solares.</li>
 <li>Aumentar impostos sobre tabaco e jogos de azar e elevar taxas de serviços públicos, como emissão de passaportes e carteiras de motorista.</li>
 <li>Reduzir em um terço os gastos anuais do governo com a compensação dos efeitos da inflação sobre as faixas de imposto de renda, conhecida como "progressão a frio".</li>
 <li>Aumentar as contribuições sociais dos aposentados para 6% de suas pensões a partir de 1º de junho deste ano, contra os atuais 5,1%.</li>
 <li>Melhorar o tratamento tributário das horas extras.</li>
</ul>
<h3>EMPRESAS</h3>
<ul>
 <li>Aumentar uma taxa sobre os bancos, que atualmente gera cerca de 150 milhões de euros por ano, para arrecadar aproximadamente 500 milhões de euros neste e no próximo ano, e cerca de 200 milhões nos anos seguintes.</li>
 <li>Estender e ajustar impostos sobre lucros extraordinários de empresas de energia e combustíveis fósseis para arrecadar 200 milhões de euros em 2025 e nos anos subsequentes.</li>
</ul>

Bianca Penteado

O líder do Partido Popular (OeVP), Christian Stocker, o líder dos Social-Democratas, Andreas Babler, e a líder do partido NEOS, Beate Meinl-Reisinger, participam de uma declaração à imprensa após a conclusão das negociações de coalizão, no Parlamento em Viena, Áustria

Áustria afasta extrema direita em acordo para formação de novo governo

VILLACH, Áustria (Reuters) - O solicitante de asilo sírio suspeito de realizar um ataque mortal a facadas na cidade austríaca de Villach havia jurado lealdade ao Estado Islâmico e foi radicalizado online, disseram autoridades no domingo.
Um garoto de 14 anos foi morto no ataque de sábado à tarde no centro de Villach e outras cinco pessoas ficaram feridas, três das quais estão em tratamento intensivo, disse a polícia.
O ministro do Interior Gerhard Karner disse em uma entrevista coletiva em Villach que o homem sírio de 23 anos preso sete minutos após o primeiro chamado à polícia acusado de ser o responsável pelo ataque sofreu um rápido processo de radicalização na internet e que a bandeira do Estado Islâmico (EI) foi encontrada em seu apartamento.
Karner, um conservador, disse aos repórteres que sentia tristeza e simpatia pelas vítimas, e então acrescentou:
"Mas nesses momentos também há, compreensivelmente, raiva e fúria. Raiva de um agressor islâmico que esfaqueou aleatoriamente pessoas inocentes aqui nesta cidade."
Karner também disse que as autoridades deveriam ter mais poderes para examinar os solicitantes de asilo e que deveriam haver "verificações em massa sem motivo em muitas áreas", já que o suspeito não havia atraído a atenção das autoridades até então.

Leonardo Lucena

Combatentes com a bandeira do Estado Islâmico 

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Suspeito de ataque a facadas jurou lealdade ao Estado Islâmico, dizem autoridades austríacas

Reuters - Um solicitante de asilo sírio de 23 anos esfaqueou várias pessoas no centro da cidade austríaca de Villach no sábado, matando um menino de 14 anos e ferindo outras quatro pessoas, informou a polícia, acrescentando que o suspeito foi preso.
Detalhes adicionais, como se o agressor conhecia algumas das vítimas, ainda não estavam claros, disse Rainer Dionisio, porta-voz da polícia do estado de Caríntia, no sul do país. Segundo ele, os feridos têm entre 14 e 32 anos.
Dionisio afirmou que duas das vítimas estão em estado grave no hospital após o ataque.
O derramamento de sangue em Villach ocorreu após um ataque nesta semana em Munique, onde um cidadão afegão atropelou um grupo de pessoas com seu carro, ferindo dezenas, dois dos quais morreram posteriormente.
Ataques desse tipo são extremamente raros na Áustria. Em 2020, um jihadista matou quatro pessoas em um tiroteio em Viena, no que foi considerado o ataque mais mortal do país em décadas.
Villach é conhecida por seu carnaval e, no verão, é um destino turístico popular por abrigar um dos lagos mais famosos da Áustria, mas, fora isso, raramente atrai atenção.
"Estou no serviço de imprensa da polícia da Caríntia há 20 anos e não me lembro de um ato como este", disse Dionisio à emissora nacional ORF.
Um homem, que a mídia austríaca descreveu como um entregador sírio de comida, avançou com seu carro contra o agressor e impediu que ele ferisse mais pessoas, afirmou Dionisio.
O ataque ocorre em um momento de turbulência política na Áustria, já que o partido de extrema direita Freedom Party, que ficou em primeiro lugar na eleição parlamentar de setembro, anunciou na quarta-feira que não conseguiu formar um governo de coalizão. O presidente agora avalia se há uma alternativa para evitar eleições antecipadas.
Combatendo a imigração ilegal e prometendo aumentar as deportações para países como Síria e Afeganistão – para os quais atualmente é ilegal deportar pessoas –, o Freedom Party rapidamente aproveitou o ataque em Villach para reforçar sua retórica.
"Precisamos de uma repressão rigorosa ao asilo e não podemos continuar importando condições como as de Villach", afirmou o líder do Freedom Party, Herbert Kickl, em um comunicado.

Velas e flores deixadas por moradores de Villach em local de ataque na Áustria

Sírio esfaqueia pedestres, mata adolescente e deixa pessoas feridas na Áustria

Reuters - A liderança do partido conservador governante da Áustria realizou uma reunião de crise neste domingo para escolher um sucessor para o chanceler Karl Nehammer, que anunciou sua renúncia no sábado, após o colapso das tentativas de formar um governo de coalizão sem a extrema direita.
Mais de duas horas após o início da reunião, vários meios de comunicação austríacos informaram que o secretário-geral do Partido Popular (ÖVP), Christian Stocker, de 64 anos, assumiria a liderança do partido de forma interina. Não houve comentários imediatos por parte do partido.
O colapso surpreendente das negociações de coalizão entre três e, posteriormente, dois partidos, que buscavam formar uma aliança centrista como barreira contra o Partido da Liberdade (FPÖ), de extrema direita, que venceu as eleições parlamentares de setembro, deixou o presidente Alexander Van der Bellen com poucas opções.
Agora, as opções mais prováveis são: eleições antecipadas, com o apoio ao FPÖ — eurocético e amigável à Rússia — em contínuo crescimento, ou uma mudança de direção em que Van der Bellen encarregue o líder do FPÖ, Herbert Kickl, de formar um governo. As possibilidades de alternativas ou de adiamento são limitadas.
"Não é uma situação fácil", disse Markus Wallner, governador de Vorarlberg, a província mais ocidental da Áustria, aos jornalistas antes da reunião da liderança do ÖVP, realizada no gabinete do chanceler na manhã de domingo.
"Acredito que devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance agora para evitar um deslizamento em direção a uma crise nacional", acrescentou Wallner, que se opõe a eleições antecipadas, já que isso adiaria a formação de um novo governo por meses. Governadores do ÖVP fazem parte da liderança do partido.
Van der Bellen deve fazer um pronunciamento à nação ainda neste domingo.
Nehammer insistiu, durante e após a campanha eleitoral, que seu partido não governaria com Kickl, considerando-o um teórico da conspiração e um risco à segurança, embora tenha declarado que boa parte do partido de Kickl era confiável. O sucessor de Nehammer provavelmente será mais receptivo à ideia de uma coalizão com o FPÖ, que é formalmente aliado ao partido Fidesz, do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
Crescente apoio ao FPÖ - O FPÖ venceu as eleições de setembro com cerca de 29% dos votos, e as pesquisas de opinião indicam que seu apoio só aumentou desde então, ampliando sua liderança sobre o ÖVP e os Social-Democratas (SPÖ) para mais de 10 pontos percentuais, enquanto o apoio a esses partidos diminuiu.
O ÖVP e o FPÖ compartilham posições em vários temas, especialmente no endurecimento da política de imigração, ao ponto de o FPÖ acusar o ÖVP de "roubar" suas ideias. Ambos governaram juntos de 2017 a 2019, até que um escândalo envolvendo o então líder do FPÖ levou ao colapso da coalizão. Nos estados, eles governam juntos em cinco das nove regiões, incluindo Vorarlberg, liderada pelo moderado Wallner do ÖVP.
No entanto, a dinâmica nacional agora é diferente, pois, se formarem uma aliança, o ÖVP seria, pela primeira vez, o parceiro menor na coalizão, tornando a liderança do partido menos atraente para muitos.
Após relatos iniciais de que figuras de destaque, como o ex-líder do partido Sebastian Kurz — que liderou a última coalizão com o FPÖ e foi posteriormente condenado por perjúrio — poderiam assumir a liderança, os meios de comunicação austríacos relataram que essas opções já não estavam sendo consideradas.
Isso deixou figuras menos conhecidas, como Wolfgang Hattmannsdorfer, de 45 anos, novo secretário-geral da Câmara de Comércio, como possíveis sucessores.
Enquanto isso, o FPÖ reforçou sua mensagem. "A Áustria precisa de um chanceler Kickl agora", publicou o partido na rede social X (antigo Twitter).

Conservadores austríacos escolhem novo líder após renúncia do chanceler

247 - A Alemanha decidiu suspender os processos de asilo para cidadãos sírios, informou a agência DW. A medida foi tomada após o presidente sírio, Bashar al-Assad, ser derrubado em uma ofensiva relâmpago conduzida por grupos armados.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, afirmou que "o fim da brutal tirania do ditador sírio Assad é um grande alívio para muitas pessoas que sofreram com tortura, assassinatos e terror".
"Muitos refugiados que encontraram proteção na Alemanha agora finalmente têm esperança de retornar à sua terra natal na Síria e reconstruir seu país", acrescentou.&nbsp;
Segundo a Reuters, mais de 800.000 pessoas com cidadania síria vivem na Alemanha. A maioria delas chegou como refugiada após a decisão da ex-chanceler Angela Merkel, em 2015, de permitir a entrada de mais de um milhão de solicitantes de asilo no país.
A Síria foi o principal país de origem dos solicitantes de asilo na Alemanha neste ano, com 72.420 pedidos de asilo registrados até o final de novembro, segundo dados oficiais. Cerca de 47.270 pedidos de asilo de cidadãos sírios ainda estão pendentes de decisão.
A Áustria também disse que estava suspendendo todos os pedidos de asilo sírios e queria deportar os refugiados de volta ao país.

Migrantes fazem fila em uma área de espera para serem escoltados até um escritório de registro no centro de chegada para requerentes de asilo no distrito de Reinickendorf, Berlim, Alemanha, 6 de outubro de 2023

Alemanha fecha as portas para refugiados sírios após queda de Assad

(Reuters) - Líderes de partidos políticos austríacos uniram-se para rejeitar a formação uma coalizão com o chefe do Partido da Liberdade (FPO) de extrema-direita, Herbert Kickl, após seu partido ficar em primeiro lugar na eleição parlamentar deste domingo.
Projeções mostraram o FPO vencendo pela primeira vez, e com sua maior parcela de votos de todos os tempos. A projeção do instituto de pesquisas Foresight para a emissora nacional ORF, que é a mais observada, estimou em 28,9% com base em uma contagem de 82,8% dos votos, e o conservador Partido Popular (OVP) em segundo lugar, com 26,3%.
O FPO precisaria formar uma coalizão com um ou mais partidos para garantir uma maioria parlamentar e construir um governo estável, mas quando os líderes do partido realizavam uma discussão na ORF na noite deste domingo, nenhum parceiro em potencial se apresentou.
"Eu não quero você no governo e mantenho isso", disse a líder do quarto colocado, o liberal Neos, Beate Meinl-Reisinger, dirigindo-se diretamente a Kickl.
"Eu simplesmente acredito que não seria bom para o nosso país."
Dos quatro partidos parlamentares além do FPO, três há muito tempo descartaram uma coalizão com ele completamente. Apenas o OVP, que está no poder, deixou a porta aberta, embora o líder do OVP, Karl Nehammer, tenha dito que seu partido não se juntará a um governo com Kickl, afirmação reiterada por ele após os resultados.
O líder dos sociais-democratas, Andreas Babler, também pediu uma aliança contra o FPO.
Kickl disse que eles deveriam questionar suas credenciais democráticas.
"Acho que há algo que você não entendeu, e isso vale para Karl Nehammer e também para você", disse ele a Meinl-Reisinger, do Neos.
"Você pode continuar seus ataques em minha direção, mas está esquecendo de algo. Estou aqui apenas como embaixador e defensor de muitos, muitos eleitores neste país."

Presidente do Partido da Liberdade (FPO) Herbert Kickl participa de debate televisivo, após as primeiras pesquisas de boca de urna durante as eleições gerais, em Viena, Áustria
29/09/2024

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Partidos austríacos unem-se contra líder da extrema-direita após eleição

Reuters - Eleitores austríacos deram, neste domingo, a primeira vitória em eleições gerais ao partido de extrema direita Partido da Liberdade (FPO), segundo projeções de votos, ilustrando o crescente apoio a partidos de direita na Europa, impulsionado pela preocupação com os níveis de imigração. 
O FPO, eurocético e pró-Rússia, manteve uma ligeira vantagem nas pesquisas de opinião por meses sobre o conservador Partido Popular Austríaco (OVP), do chanceler Karl Nehammer, em uma campanha dominada pela imigração e preocupações com a economia. Liderado por Herbert Kickl, de 55 anos, o FPO foi projetado para obter 29,1% dos votos, à frente do OVP com 26,2% e dos Social-Democratas de centro-esquerda com 20,4%, de acordo com uma projeção da Foresight para a emissora ORF após o fechamento das urnas. 
Outra projeção, da Arge Wahlen, também colocou o FPO em primeiro lugar, com uma margem maior do que indicavam as pesquisas finais, embora o partido precise formar uma coalizão de governo se o presidente do país o solicitar. "O que está em jogo é se o FPO nomeará o chanceler ou não", disse Kathrin Stainer-Haemmerle, professora de ciência política da Universidade de Ciências Aplicadas da Caríntia. "Se isso acontecer, tenho que dizer que o papel da Áustria na União Europeia seria significativamente diferente. Kickl muitas vezes disse que (o primeiro-ministro húngaro) Viktor Orban é um modelo para ele e que ele o apoiará."
Kickl, que este ano forjou uma aliança com Orban, se opõe a fornecer ajuda à Ucrânia e quer que as sanções contra a Rússia sejam retiradas, argumentando que estão prejudicando mais a Áustria do que Moscou. Funcionários e ativistas do FPO, em um evento do partido em Viena, comemoraram com júbilo quando as projeções eleitorais foram anunciadas.
A vitória de Kickl pode se provar pírrica, já que ele é uma figura polarizadora com quem outros líderes de partido se recusam a trabalhar. Em uma discussão televisionada com o líder do FPO após as projeções, Nehammer reiterou sua oposição a formar um governo com Kickl, embora não tenha descartado trabalhar com o FPO como partido. Enfatizando que seu partido venceu, Kickl disse que estava pronto para dialogar com todos os partidos para formar uma coalizão.
<h2>FPO quer construir uma 'Fortaleza Áustria'</h2>
A vitória do FPO, crítico do Islã e defensor de regras mais rigorosas para requerentes de asilo, segue os ganhos da extrema-direita em países como Holanda, França e Alemanha. Sarah Wolf, uma designer gráfica de 22 anos e apoiadora do Partido Comunista Austríaco em Viena, disse antes da votação que estava preocupada com o que uma vitória do FPO significaria. "O que mais me assusta se o FPO realmente obtiver a maioria dos votos é que teremos algo como Viktor Orban: uma redução lenta e gradual na diversidade da mídia, na democracia e na compreensão", disse ela. "Há tantos sinais realmente perigosos."
Viktor de Lijzer, um soldado de 17 anos que apoia o FPO, disse que o partido era o mais apto a resolver o que ele via como excesso de violência criminal causado pela imigração. O presidente Alexander Van der Bellen, que supervisiona a formação de governos, expressou reservas sobre o FPO por causa de suas críticas à UE e sua falha em condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia. O partido se opõe às sanções da UE contra Moscou, citando a neutralidade da Áustria. Ele deu a entender que poderia impedir Kickl, dizendo que a constituição não o obriga a solicitar ao partido com mais votos para formar um governo, embora essa tenha sido a convenção há muito tempo.
O FPO, que quer parar de conceder asilo e construir uma "fortaleza Áustria" para impedir a entrada de migrantes, foi inicialmente liderado por um ex-parlamentar nazista na década de 1950. O partido tentou moderar sua imagem, mas uma nova controvérsia sobre seu passado surgiu no fim de semana, quando um vídeo publicado pelo jornal Der Standard mostrou membros do partido participando de um funeral onde uma música popular entre a SS nazista foi cantada. Um grupo de estudantes judeus em Viena entrou com uma denúncia contra membros do FPO, acusando-os de violar leis anti-nazistas. O FPO não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Extrema direita vence eleições na Áustria, impulsionando onda direitista na Europa

LEIPZIG, Alemanha (Reuters) - Merih Demiral, da Turquia, marcou em cada um dos tempos para guiar sua equipe à vitória por 2 x 1 sobre a Áustria nesta terça-feira e garantir sua vaga nas quartas de final da Eurocopa 2024.
O zagueiro marcou aos 57 segundos e depois fez o segundo, com uma poderosa cabeçada, pouco antes dos 15 minutos da etapa final, garantindo um encontro em Berlim no próximo sábado com a Holanda, que derrotou a Romênia por 3 x 0 mais cedo nesta terça.
Para a surpreendente Áustria, que diminuiu a vantagem turca com Michael Gregoritsch na metade do segundo tempo, foi um fim amargo de Eurocopa, com a seleção ainda esperando pela sua primeira vitória no mata-mata de uma grande competição desde 1954.
Os turcos abriram o placar em um começo frenético, quando Demiral aproveitou uma confusão na boca do gol para acertar o teto da rede, marcando o gol mais rápido da história em uma partida de mata-mata da Eurocopa.
A Turquia ficou feliz em deixar a posse de bola com a Áustria, que a havia vencido por 6 x 1 em março, mas continuou pressionando alto com um sistema tático 5-4-1, e procurou os contra-ataques, atrapalhando o estilo de jogo simples do adversário.
Apesar de estar sem o seu capitão, Hakan Çalhanoglu, suspenso, os semifinalistas da Euro 2008 mantiveram a Áustria afastada. O time de Ralf Rangnick não acertou uma finalização ao alvo no primeiro tempo.
Os austríacos voltaram lutando após o intervalo e deveriam ter empatado, aos seis minutos do segundo tempo, quando o capitão Marko Arnautovic foi acionado, com apenas o goleiro pela frente, mas teve seu chute bloqueado por Mert Günok.
Ao contrário, foram os turcos quem marcaram novamente, com Demiral ganhando de dois jogadores de cabeça pelo ar para fazer 2 x 0 aos 14 minutos.
Debaixo de chuva, a Áustria descontou, com o reserva Gregoritsch completando na segunda trave, aos 21, mas, apesar de exercer pressão na reta final e de ter tido uma chance de ouro com Christoph Baumgartner, salva por uma defesa maravilhosa de Günok nos acréscimos, os homens de Rangnick não conseguiram encontrar o gol de empate.

Demiral marca segundo gol da Turquia contra Áustria


Esporte

Dois gols de Demiral levam Turquia à vitória contra Áustria e vaga nas quartas da Eurocopa

Por Philip O'Connor
BERLIM (Reuters) - A abordagem agressiva e intensa da Áustria a levou às oitavas de final da Eurocopa nesta terça-feira com uma vitória eletrizante por 3 x 2 sobre a Holanda, que não apenas garantiu a classificação como também a liderança do Grupo D.
A Holanda também avançou, como uma das melhores terceiras colocadas, apesar de ter concedido um gol no começo da partida, feito um primeiro tempo modorrento e perdido para a Áustria com um golpe repentino de Marcel Sabitzer a 10 minutos do fim.
Com a França empatando por 1 x 1 com a Polônia na outra partida do grupo, em Dortmund, a Áustria terminou na liderança com seis pontos, à frente da segunda colocada França, com cinco, e da Holanda, com quatro.
A Áustria abriu o placar no Estádio Olímpico quando Donyell Malen mandou a bola contra as próprias redes, aos seis minutos da partida, mas Gody Gakpo empatou pouco depois do intervalo.
Romano Schmid colocou a Áustria novamente à frente antes dos 15 minutos do segundo tempo, com Memphis Depay empatando, aos 30.
Sobrou para Sabitzer fechar uma atuação determinada da equipe de Ralf Rangnick, a líder surpreendente de um grupo em que as colocações finais mudaram várias vezes durante os 90 minutos.
Na próxima fase, a Áustria enfrentará o segundo colocado do Grupo F, que será definido na quarta-feira. França e Holanda também precisam esperar para descobrir quem serão seus adversários nas oitavas de final.

Áustria consegue vitória eletrizante contra a Holanda

Áustria arranca liderança do Grupo D com vitória sobre a Holanda na Eurocopa

Por Philip O'Connor
BERLIM (Reuters) - Com uma performance soberba no segundo tempo, a Áustria manteve as esperanças e chegar ao mata-mata da Eurocopa 2024 ao vencer a Polônia por 3 a 1, nesta sexta-feira, com gols de Gernot Trauner, Christian Baumgartner e Marko Arnautovic.
Os austríacos, que perderam para a França na estreia, sobreviveram a uma recuperação da Polônia no primeiro tempo, com os adversários empatando e quase virando o jogo, antes de retomarem o controle na etapa final e imporem a segunda derrota aos poloneses.
Mesmo com a notícia de que o artilheiro Robert Lewandowski ainda não estava bem fisicamente para começar o jogo, torcedores poloneses acenderam sinalizadores durante o hino nacional, levando uma nuvem de fumaça ao gol que a Áustria defendeu no primeiro tempo.
Mas a Áustria dominou a posse de bola desde o início, com ataques repetidos pela esquerda e abrindo o placar aos 9 minutos. O gol saiu de um lateral cobrado por Philipp Mwene. A bola rebatida pela defesa voltou para ele mesmo, que cruzou para Trauner marcar de cabeça.
A Polônia empatou aos 30 minutos, depois que a Áustria falhou na tentativa de afastar um escanteio e Trauner bloqueou um chute de Jan Bednarek. A bola sobrou para Krsysztof Piatek dominar e empatar.
O segundo gol da Áustria veio aos 21 minutos da etapa final. Alexander Prass encontrou Baumgartner e deixou o meio-campista em boa posição para vencer o goleiro Wojciech Szczesny.
Quando Marcel Sabitzer avançou minutos depois livre pelo meio, o goleiro não teve opção a não ser derrubá-lo. Marko Arnautovic bateu o pênalti e fechou o placar aos 33 minutos.
Os poloneses enfrentam a França na última partida pelo grupo, na terça-feira, em Dortmund, enquanto a Áustria pega a Holanda em Berlim.
(Reportagem de Philip O'Connor; reportagem adicional de Karolos Grohmann)

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