CMG – O presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se nesta segunda-feira (2), no Grande Palácio do Povo, com o presidente do Mali, Assimi Goïta, que se encontra em Beijing para participar da cúpula do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). Os dois chefes de Estado anunciaram a elevação das relações bilaterais para uma parceria estratégica.&nbsp;
No encontro, Xi Jinping disse que a amizade entre a China e o Mali foi forjada pelos líderes da velha geração. Há 60 anos, os dois países emitiram um comunicado conjunto, que consagrou pela primeira vez os oito princípios chineses para assistência ao exterior, dentre eles o respeito pela soberania, o desenvolvimento independente da economia e a não interferência nos assuntos internos de um país. Estes princípios não são apenas o direcionamento para uma cooperação amistosa entre a China e o Mali, mas também o prenúncio para que a China e a África promovam o estabelecimento de uma nova ordem internacional. Na atual conjuntura, a China está disposta prosseguir com a amizade tradicional, continuar com uma relação suportiva, e prestar, dentro de suas capacidades, apoio ao desenvolvimento econômico do Mali. A China continuará a encorajar as empresas chinesas para que invistam no Mali, na expectativa de que o país forneça garantias de segurança e facilidades para elas. Além disso, pretende aprofundar a cooperação em agricultura, energia, exploração mineral e infraestrutura com o país africano.&nbsp;
Segundo Xi Jinping, a China sempre apoiou os povos africanos na decisão autônoma de seus respectivos destinos, e está disposta a buscar uma relação de apoio com os países africanos, incluindo o Mali, para prosseguir de mãos dadas no caminho da modernização adaptável às suas distintas realidades.&nbsp;
Assimi Goïta agradeceu à China pelo valoroso suporte ao desenvolvimento socioeconômico do Mali. O país africano quer consolidar ainda mais sua amizade com a China, reforçar a parceria estratégica e aprofundar a cooperação de benefícios recíprocos em agricultura, energia, mineração e segurança. Ele também reiterou que o Mali adere firmemente ao princípio de Uma Só China. O Mali aprecia os esforços e contribuições da China para promover a paz e o desenvolvimento da região e do mundo e almeja intensificar a cooperação multilateral com a China, finalizou o presidente.&nbsp;

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Xi Jinping reúne-se com presidente do Mali

<a href="https://www.rfi.fr/br/%C3%A1frica/20240706-ap%C3%B3s-golpes-militares-burkina-faso-mali-e-n%C3%ADger-se-unem-e-criam-confedera%C3%A7%C3%A3o-dos-estados-do-sahel">RFI</a> - Burkina Faso, Mali e Níger anunciaram no último fim de semana a formação de uma "confederação" que fortalece a aliança entre estes três países da África Ocidental, governados por militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado. O objetivo é reforçar a cooperação entre as três nações, segundo um documento apresentado em Niamey, onde foi realizada a primeira reunião de cúpula do trio.
O evento reuniu o general Tiani, do Níger, o coronel Goïta, do Mali, e o capitão Traoré, do Burkina Faso. Durante o encontro entre os três chefes de Estado, quatro documentos foram assinados e apresentados: o tratado que estabelece a Confederação dos Estados do Sahel, as regras de procedimento do colégio de chefes de estado da aliança, o comunicado final e um documento intitulado “Declaração de Niamey”.
Os líderes dos três países "decidiram dar mais um passo em direção a uma maior integração" e para isso assinaram "um tratado que cria uma confederação entre Burkina Faso, Mali e Níger, denominada Confederação dos Estados do Sahel", afirma um comunicado final da cúpula tripartite.
Os líderes defenderam a livre circulação de pessoas e mercadorias dentro da Confederação. Os chefes de Estado também decidiram criar uma força unificada e um plano trilateral permanente para ações militares. Em termos de desenvolvimento econômico e social, a Confederação pretende lançar um banco de investimentos e um fundo de estabilização.
<h2>Contra influência da França, antiga potência colonial</h2>
O comunicado mantém a sigla AES para se referir à nova Confederação, que surge da Aliança de Estados do Sahel criada em setembro de 2023 por esses três países, onde os militares assumiram o poder entre 2020 e 2023 e que enfrentam há anos violências jihadistas.
Em janeiro, os membros da AES <a href="https://www.rfi.fr/br/%C3%A1frica/20240129-brexit-africano-mali-burkina-faso-e-n%C3%ADger-deixam-cedeao-e-desestabilizam-regi%C3%A3o" target="_self">anunciaram sua saída da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao)</a>, por considerá-la fortemente influenciada pela <a href="https://www.rfi.fr/br/podcasts/a-semana-na-imprensa/20230908-golpes-de-estado-em-pa%C3%ADses-franc%C3%B3fonos-tiram-paris-de-campo-no-jogo-pol%C3%ADtico-africano" target="_self">França, a antiga potência colonial</a> com a qual multiplicaram gestos de ruptura.
A cúpula deste sábado confirmou essa direção. "Nossos povos viraram as costas de forma irrevogável à Cedeao", declarou o presidente do Níger, Abdourahamane Tiani, ao abrir a cúpula.
Os três países, com uma população total de 72 milhões, estão localizados na região do Sahel, uma longa faixa semiárida que se estende ao sul do deserto do Saara.

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Xi Jinping reúne-se com presidente do Mali

Burkina Faso, Mali e Níger se unem e criam Confederação dos Estados do Sahel