A escola entre jabutis e jabuticabas
A militarização da educação não é um fenômeno recente
A militarização da educação não é um fenômeno recente
A desistência de Jean Wyllys de cumprir seu terceiro mandato consecutivo como deputado federal é mais uma grave denúncia da restrição democrática em vigor no nosso país desde 2016. Com um Estado ausente e determinado a eliminar o contraditório a qualquer custo, Jean faz bem ao agir para manter-se vivo
"Decorre das primeiras manifestações do atual governo que é acentuando esse clima de tensão, de conflito ideológico e de distorção da comunicação que Bolsonaro espera governar, pois foi eleito a partir desse mesmo ambiente de guerra declarada. A mediação será virtual, incrementada pelo desprezo ao conhecimento humano e pelo obscurantismo", escreve a deputada federal do PT
Se em 2016 Donald Trump foi eleito presidente - na onda conservadora que varreu o país - e conseguiu maioria republicana no Congresso norte-americano, desta vez teve de assistir ao avanço dos Democratas, que voltam a comandar a Câmara dos Representantes (equivalente à nossa Câmara Federal) após oito anos
A aliança Temer-Bolsonaro também quer aproveitar o cheque em branco que recebeu nas urnas para acelerar o trâmite no Congresso Nacional e votar, em regime de urgência, outros dois projetos: a reforma da previdência e mudanças na Lei Antiterrorismo, para criminalizar movimentos sociais e minar a resistência popular
Continuo fazendo a defesa de um Brasil mais justo e mais igualitário, um país com democracia. Lutamos tanto por isso, tantos morreram por esse sonho que não posso me dar ao luxo de olhar para a Esplanada e não denunciar o momento político que estamos vivendo, como a Reforma da Previdência ou a perseguição política ao Lula, de novo
Esse momento grave da trajetória brasileira carrega outra marca constrangedora do ponto de vista da história mundial: é um fato inédito, no globo, um país abrir mão da administração de suas próprias reservas e riquezas
A Justiça precisa tirar a venda dos olhos para a violência contra a mulher e preparar os aplicadores da lei para que, mesmo quando não conseguirem enquadrar o agressor em um dos crimes tipificados na lei, possam levar em consideração toda a violência e abalo psicológico que o ato provocou na vítima e que causará em muitas outras mulheres, se suas sentenças não forem proporcionais à violência
O abuso sexual contra mulheres, principalmente no transporte público, deve ser encarado como um problema social e cultural, não deve receber a permissividade da Justiça. As mulheres não são objetos sexuais para serem usados para afirmação da virilidade e poder do homem
Precisamos conscientizar a sociedade sobre a importância da erradicação da violência contra a mulher e cobrar do poder público a efetivação dos mecanismos necessários para a lei ser mais eficaz. Como a mulher ainda é considerada a responsável pela família e pelo lar e, assim, para manter a família, acontece a aceitação da violência doméstica
Mais do que nunca, o momento é de luta, de resistência. Precisamos estar juntos, nas ruas e no Congresso Nacional. Contra a reforma da previdência e qualquer medida deste governo, que ataca os direitos dos trabalhadores e perdoa pendências bilionárias como os R$ 426 bilhões que empresas devem à previdência