Altman sobre ataque de Israel ao Irã: 'com apoio dos EUA, Netanyahu pretende regionalizar a guerra do regime sionista'
'O governo israelense tenta manter os Estados Unidos incondicionalmente ao seu lado', afirmou o jornalista
247 - O jornalista Breno Altman destacou nesta quarta-feira (31) que o governo de Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pretende fazer uma "regionalização da guerra do regime sionista", para culpar representantes de governos não-aliados pelas mortes no Oriente Médio, onde o Irã e a Faixa de Gaza são alvos dos ataques das forças israelenses.
'O assassinato de Ismail Haniyeh, cometido por Israel, revela estratégia de regionalização da guerra do regime sionista. Netanyahu parece apostar, nos ataques ao Líbano e na ação terrorista em Teerã, em uma confrontação geral que mantenha os EUA incondicionalmente ao seu lado', afirmou.
Forças de Israel mataram o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã. Ogrupo islâmico governa a Faixa de Gaza, mas tem membros em outros países. P líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ordenou um ataque direto ao território israelense.
A tensão no Oriente Médio subiu esta semana. Um ataque às Colinas de Golã -- ocupadas por Israel matou 12 crianças e adolescentes no último fim de semana. a região atacada tem fronteira com Síria e com Líbano, dois países árabes.
Governos como os da Rússia, da China e do Irã têm relação mais próxima do governo sírio em comparação com os Estados Unidos e países europeus. O Líbano tem em suas forças armadas o grupo islâmico Hezbollah.
Outra entidade do islamismo, Hamas, governa a Faixa de Gaza, território alvo de Israel e onde ocorre um genocídio que deixou mais de 40 mil palestinos mortos desde outubro do ano passado, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde local.
Em março de 2019, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), da extrema-direita, reconheceu a anexação das colinas por Israel. Estima-se que existam mais de 30 assentamentos judaicos na região, onde vivem cerca de 20.000 pessoas, junto com mais 20.000 sírios, a maioria árabes drusos.
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