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      Após manifestações que favoreceram 'PL do estupro', CFM reafirma direito das mulheres

      “O CFM é um aliado da população feminina, sem qualquer intenção de limitar ou excluir direitos", disse comunicado

      Fachada do Conselho Federal de Medicina (Foto: CFM)

      247 – O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou na segunda-feira (1) uma nota, adotando um tom diferente do apresentado nas discussões recentes sobre o aborto legal.

      “O CFM é um aliado da população feminina, sem qualquer intenção de limitar ou excluir direitos. Muito menos de penalizar indivíduos ou segmentos populacionais, já historicamente privados de conquistas e até de sua cidadania”, informou.

      Assinada pelo presidente do Conselho, José Hiran da Silva Gallo, a nota defende o direito ao aborto legal, contrariando manifestações públicas anteriores da entidade e do próprio presidente. Em junho, durante uma sessão no Senado liderada pelo bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE), Gallo afirmou que “a autonomia da mulher esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós, de proteger a vida de qualquer um, mesmo ser humano formado por 22 semanas”.

      Na nova nota, o CFM ressalta que a gestão do aborto legal cabe ao Ministério da Saúde e ao Sistema Único de Saúde (SUS), e não ao Conselho.

      “Conforme previsto pela Constituição de 1988 e pelo Código de Ética Médica (CEM), em vigor, ao médico é vedado deixar de garantir a todos os pacientes o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem estar, o qual fica limitado aos pressupostos definidos pela lei”, diz o texto.

      “O aperfeiçoamento da rede do aborto legal reduziria o martírio das mulheres vítimas de estupro que, sem acesso a esse tipo de atendimento, são duplamente penalizadas: primeiro pelo agressor, depois pela inoperância do Estado”, prossegue.

      Embora o texto negue que o Conselho tenha tido participação no PL do estupro, que equipara o aborto legal ao crime de homicídio, o debate sobre o projeto de lei foi encorpado pelos posicionamentos anteriores do Conselho em relação à prática no país. (Com informações de CartaCapital).

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