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    Brasil busca alianças para enfrentar tarifas dos EUA sobre aço e alumínio, diz Celso Amorim

    "Talvez a gente coordene com outros países que são tarifados da mesma maneira", disse o diplomata

    Assessor especial da Presidência, Celso Amorim 15/08/2024 (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)
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    247 - O assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira (14) que o Brasil poderá se articular com outras nações em busca de uma solução para as tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As informações são do jornal O Globo.

    Em apenas três semanas no comando da Casa Branca, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio estrangeiros e alertou que produtos com alíquotas superiores às cobradas pelos EUA receberão o mesmo tratamento. Um exemplo é o etanol brasileiro, que possui um Imposto de Importação de 18%, enquanto nos Estados Unidos a taxa é de 2,5%.

    "Iríamos para a OMC (Organização Mundial do Comércio), mas os Estados Unidos, no primeiro mandato de Trump, enfraqueceram essa iniciativa. Então, não funciona. Temos que pensar. Talvez a gente coordene com outros países que são tarifados da mesma maneira", afirmou Amorim, durante uma mesa-redonda na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

    Ele ressaltou que as indústrias norte-americanas que dependem do aço brasileiro podem se tornar aliadas do Brasil e mencionou que o governo buscará negociar com os EUA em busca de uma solução. "Negociação é sempre melhor", enfatizou.

    Amorim defendeu o cumprimento das normas da OMC e destacou que as medidas adotadas por Trump não foram direcionadas especificamente contra o Brasil, mas abrangem o mundo todo. "O que queremos fazer, respeitar as regras, ou mudá-las? Enquanto as regras não mudam, temos que respeitá-las", disse.

    A OMC, contudo, está parcialmente paralisada. O Órgão de Apelação — instância final para a qual o país condenado pode recorrer — foi inviabilizado por um boicote dos EUA, que foi mantido pelo antecessor de Trump, o democrata Joe Biden.

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