PT do DF questionará compra bilionária do Banco Master pelo BRB
Aquisição de R$ 2 bilhões levanta suspeitas de influência política e preocupa deputados sobre transparência e viabilidade financeira
247 - A Bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) protocolou, nesta segunda-feira (31), um requerimento convocando o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Rodrigues Costa, para prestar esclarecimentos sobre a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master, totalizando 58% do capital da instituição, em uma operação avaliada em R$ 2 bilhões.
A transação, anunciada recentemente, tem gerado questionamentos acerca da transparência, viabilidade financeira e possível influência política.
O requerimento, assinado pelos deputados Chico Vigilante, Gabriel Magno e Ricardo Vale, expressa preocupações sobre o impacto da aquisição no patrimônio do BRB, estimado em R$ 4,1 bilhões no primeiro semestre de 2024.
A operação comprometeria mais da metade desse valor, considerando o lucro médio anual do banco de R$ 200 milhões nos últimos anos. Além disso, a bancada questiona a disponibilidade de recursos do BRB para a transação e os possíveis efeitos sociais decorrentes da aquisição.
Suspeitas de influência política
O documento também levanta suspeitas de influência política na operação, mencionando o vínculo entre a ex-ministra e ex-deputada Flávia Arruda e Augusto Lima, um dos sócios do Banco Master. Os parlamentares do PT argumentam que essa relação pode ter acelerado a aprovação da transação sem a devida análise técnica por parte do BRB.
Embora a compra ainda dependa da aprovação do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Bancada do PT enfatiza o papel fiscalizador da CLDF. "Como líder da bancada, considero fundamental que o presidente do BRB preste contas à sociedade sobre esta operação bilionária que envolve um banco público", afirmou o deputado Chico Vigilante (PT).
O requerimento também destaca a queda na rentabilidade do BRB nos últimos anos, mesmo em um cenário de juros elevados, além de operações de crédito pouco transparentes envolvendo políticos e autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF). "Não podemos permitir que um banco público seja usado em negócios arriscados ou com indícios de favorecimento político", reforçou Chico Vigilante.
A data da audiência ainda será definida. A expectativa é que Paulo Henrique Costa detalhe os motivos da aquisição, os riscos financeiros envolvidos e os possíveis benefícios para a população do Distrito Federal.
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