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    Governo federal não planeja reajuste do Bolsa Família e quer ampliar número de beneficiados

    Com inflação controlada, verba será destinada à ampliação do número de famílias beneficiadas em 2025, sem previsão de aumento dos valores pagos

    (Foto: Roberta Aline/MDS)

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    247 - O governo federal não deve realizar reajustes nos valores pagos pelo Bolsa Família no próximo ano. Segundo o g1, integrantes do Palácio do Planalto e dos ministérios envolvidos confirmaram que o orçamento destinado ao programa social não sofrerá um aumento significativo. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), também confirmou que não há previsão de reajuste para os benefícios em 2025. 

    A proposta orçamentária, que detalhará os gastos de cada ministério e programas, está sendo finalizada e a peça deverá ser apresentada na próxima semana. O Ministério do Planejamento, responsável pela elaboração do Orçamento, optou por não comentar sobre a proposta orçamentária de 2025.

    De acordo com Dias, a inflação está sob controle, o que permite que o valor médio pago às famílias, atualmente em R$ 681,09 por mês, mantenha o poder de compra dos beneficiários. Em agosto, o programa atenderá 20,76 milhões de famílias. “Não há nenhum estudo [de reajuste], nenhum levantamento, porque dentro da realidade, nesse momento do Brasil, nós temos o poder de compra preservado. É possível comprar, com o valor que pagamos no ano passado, os produtos necessários com base na cesta de alimentos, os produtos de primeira necessidade para essas famílias”, explicou o ministro.

    Ele também destacou que cada família recebe, em média, R$ 230 por integrante, valor que, segundo ele, é suficiente para que uma pessoa saia da condição de pobreza. No entanto, um reajuste poderá ser discutido caso o governo perceba um aumento significativo da inflação que afete diretamente a população de baixa renda.

    “Claro que também estamos atentos, qualquer momento que tiver a necessidade… O presidente quer garantir que os mais pobres tenham não só o benefício, mas o poder de compra adequado para que a gente possa alcançar um objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome e fazer disso também um instrumento para a promoção da dignidade”, disse Dias. 

    O Bolsa Família, relançado pelo presidente Lula (PT) em março do ano passado, é uma das principais vitrines de sua gestão na área social. O novo modelo de cálculo dos benefícios, proporcional ao tamanho da família, tem sido elogiado por especialistas como uma forma mais justa de distribuição e de melhora da qualidade do gasto público. Lula também cumpriu sua promessa de campanha de manter o benefício mínimo em R$ 600 por família. Desde o relançamento do programa, ainda não houve reajuste nos valores pagos. A lei do novo Bolsa Família permite que esses valores sejam corrigidos a cada dois anos, no máximo, mas não obriga o reajuste. Atualmente, a verba do programa é de R$ 168,6 bilhões, com previsão de aumento para R$ 174,7 bilhões em 2025. Com esse orçamento, segundo Dias, será possível ampliar o número de famílias beneficiadas no próximo ano.

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