"A defesa da Palestina será censurada no Brasil", prevê Rui Costa Pimenta

Presidente do PCO avalia que o fim do artigo 19 do Marco Civil da Internet abre espaço para a censura em massa no Brasil

08 de dezembro de 2024, 09:49 h

Rui Costa Pimenta e protesto pró-Palestina na França (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução/X)

247 – Em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira (6), Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), fez uma análise contundente sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode determinar o fim do artigo 19 do Marco Civil da Internet. Ele classificou a medida como "um ataque frontal à liberdade de expressão" e alertou para os riscos de censura em massa no país.

“O STF está transferindo para empresas multinacionais o poder jurídico de censura no Brasil. A tendência é que sejam suprimidas as pessoas polêmicas”, afirmou Rui. Ele criticou o fato de que, agora, as plataformas de internet terão o poder de decidir quem poderá ou não se expressar. “Ser censurado já é ruim. O mínimo que se pode querer é que isso seja definido pela lei. Agora, serão as plataformas que vão censurar. Não existe censura do bem.”

O dirigente destacou que a medida afetará especialmente aqueles que assumem posições críticas e polêmicas, incluindo a defesa do povo palestino. “Já fomos censurados por defender o povo palestino. Não existe censura do bem. A defesa da Palestina será censurada”, afirmou Rui, apontando que os maiores interessados nesse processo são os sionistas. Ele também citou o papel da Confederação Israelita do Brasil (Conib) como amicus curiae no julgamento.

Segundo Rui, há uma articulação mais ampla por trás da decisão. Ele acusou grandes conglomerados de mídia, como a Globo, de apoiar essa política para “silenciar a internet e manter o monopólio da mentira”.

Com a nova configuração, Rui Costa Pimenta acredita que a censura será exercida de maneira ainda mais agressiva e arbitrária. “Os grandes grupos de mídia e as plataformas digitais agora terão carta branca para eliminar vozes que desafiem o status quo”, concluiu.

A análise de Rui Costa Pimenta reforça as preocupações sobre os impactos dessa decisão na liberdade de expressão no Brasil, especialmente em um contexto de crescente repressão a opiniões divergentes e à defesa de causas humanitárias como a palestina. Assista: