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"Compras públicas devem impulsionar o desenvolvimento produtivo e tecnológico", diz Esther Dweck

Ministra Esther Dweck destaca a importância de estratégias inovadoras e sustentáveis nas compras públicas para fortalecer a economia e o SUS

(Foto: ABR)

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247 - A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, abordou as novas diretrizes para contratações e compras públicas durante entrevista ao programa Bom Dia 247. Segundo Dweck, o governo está focado em utilizar o poder de compra do Estado como uma ferramenta para o desenvolvimento produtivo e tecnológico, destacando a importância de processos mais ágeis e íntegros, livres de corrupção.

"Sempre priorizei a área de compras públicas. Temos a área de compras públicas em uma lógica de melhorar o processo, para ser um processo mais ágil, mais correto, mais íntegro, sem nenhum risco de corrupção", afirmou a ministra. Ela destacou que, além de garantir a lisura nos processos, é essencial aproveitar o poder de compra do Estado para fomentar o desenvolvimento industrial e tecnológico do país. "Temos que garantir toda essa parte de lisura no processo de compras, mas também utilizar esse grande poder de compra do Estado para o desenvolvimento produtivo e tecnológico", acrescentou.

Dweck também mencionou as ações recentes do governo em relação aos acordos internacionais de compras públicas, criticando a gestão anterior por comprometer o mercado nacional. "O governo Bolsonaro estava assinando acordos internacionais de compras públicas que abririam nossas compras públicas a produtos importados, tanto no acordo com a União Europeia e Mercosul, quanto no acordo que o Brasil jamais assinou e quase nenhum país em desenvolvimento assina, que é o acordo na OMC", disse a ministra. Segundo ela, o governo anterior pretendia cumprir requisitos para a adesão à OCDE, o que incluía a entrada no grupo de compras públicas da OMC.

A ministra destacou ainda a mudança de estratégia promovida pelo atual governo. "Em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e com outros ministérios, trouxemos a proposta de retirar a nossa oferta do grupo da OMC, que estava em análise, não era uma boa proposta, e mudar a proposta. Fizemos os europeus aceitar a nossa nova proposta", explicou Dweck, reforçando a intenção de proteger e fortalecer a indústria nacional.

Durante a entrevista, a ministra também ressaltou a importância da autonomia produtiva para enfrentar desafios sociais, especialmente em setores estratégicos como a saúde. "A pandemia demonstrou que, para além de uma questão econômica, existe uma discussão importantíssima que é um grau mínimo de autonomia produtiva para que a gente possa fazer frente a esse nosso desafio social", concluiu.

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