TV 247 logo
    HOME > Mídia

    Ex-funcionário da Meta diz que a rede 'faz mais mal do que bem para o mundo'

    Ex-funcionário conta bastidores da plataforma que, agora, se alia a Donald Trump e à extrema direita

    Logotipo da Meta Platforms (Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann)
    Redação Brasil 247 avatar
    Conteúdo postado por:

    247 - Um relato de Pedro Barino, que se apresenta como ex-funcionário da Meta, proprietária de redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, está gerando debate sobre a responsabilidade das grandes plataformas no cenário global. Em uma longa postagem nas redes sociais, Barino compartilhou sua experiência de quase seis anos na empresa e denunciou o que considera práticas insuficientes para combater a desinformação e outras questões éticas.

    “Eu nunca falei sobre isso aqui, mas agora vai um desabafo de um ex-funcionário”, escreveu Barino, detalhando sua trajetória na Meta, que incluiu transferência do Brasil para os Estados Unidos. Ele narrou episódios que vão desde o escândalo da Cambridge Analytica, em 2016, até o impacto das fake news nas eleições brasileiras de 2018, quando Jair Bolsonaro (PL) foi eleito presidente. Segundo ele, os esforços da empresa para lidar com problemas como desinformação foram “insuficientes”.

    Desinformação e eleições - Barino destacou que, apesar de esforços isolados de alguns funcionários, a Meta não estava estruturada para lidar com a magnitude do problema. Ele revelou ter denunciado sistematicamente as lives de Bolsonaro durante seu governo por conterem “absurdos que iam claramente contra as políticas da plataforma”. Segundo Barino, Bolsonaro sabia manipular os limites das regras para evitar punições.

    O ex-funcionário também relatou que costumava questionar os líderes da empresa em sessões de perguntas e respostas, mesmo após a migração para o trabalho remoto durante a pandemia. Sua insistência em cobrar mudanças, no entanto, teria causado desconforto entre gestores e até represálias veladas. “Já tinha recebido feedbacks de gestores diretos de que eu poderia estar sendo visto como muito incisivo”, afirmou.

    Conflito ético e saúde mental - Barino descreveu como as contradições entre os valores anunciados pela Meta e as ações da empresa o levaram a uma crise pessoal. “Cheguei à conclusão de que os produtos fazem mais mal do que bem para o mundo, e me via contribuindo ativamente para isso". A situação resultou em depressão, levando-o a tirar uma licença médica. Ele reconheceu que, enquanto empregador, a Meta ofereceu suporte, mas sua insatisfação moral persistiu.

    Críticas às medidas recentes - No desfecho do relato, Barino criticou duramente decisões recentes da Meta, como o enfraquecimento das iniciativas de checagem de fatos, e alertou para os riscos futuros: “Se quando existia algum esforço, mesmo que insuficiente só para dizer que fazia algo, já era difícil... imaginem o que teremos pela frente".

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    Relacionados