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'PT deve fazer guinada ao povo brasileiro após resultados nas eleições municipais', defende Padilha

Para o ministro, é preciso compreender as razões pelas quais os eleitores que recebem entre dois e dez salários mínimos têm relutado em votar no partido

Alexandre Padilha (Foto: Valter Campanato/Ag. Brasil)

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247 - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sugeriu que o Partido dos Trabalhadores (PT) deve realizar uma “grande guinada ao povo brasileiro” após o desempenho insatisfatório nas eleições municipais de 2024. Em entrevista à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, Padilha considerou que este é um “bom momento” para que o partido reavalie sua estratégia visando retomar o protagonismo nas grandes e médias cidades do Brasil. Ele enfatizou a importância de compreender as razões pelas quais os eleitores que recebem entre dois e dez salários mínimos têm se mostrado relutantes em votar nos candidatos da sigla.

“Acho que o PT tem que fazer uma grande guinada ao povo brasileiro, enquanto organização local, no município, nas cidades. Compreender esse perfil de organização, compreender por que essa faixa salarial de dois a dez salários mínimos é a faixa onde a gente tem mais dificuldade hoje de ter os votos. Compreender isso, para que a gente tenha, no nível local, no nível municipal, um protagonismo semelhante ao que a gente tem nas eleições presidenciais”, afirmou Padilha, que é responsável pela articulação política do governo.

Na entrevista, o ministro também abordou as críticas públicas feitas pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em resposta às suas declarações sobre a situação política do partido. Padilha minimizou os descontentamentos, reforçando que o PT está acostumado a debates intensos e que sua posição sobre o crescimento do número de prefeituras e votos da sigla nas eleições de 2024 permanece clara.

“Agora, isso não significa que o PT tenha saído de uma situação que nos foi imposta em 2016. A crise política é um fato. Melhoramos em 2022, 2024, mas estou plenamente consciente de que precisamos avaliar como retomar o protagonismo, especialmente nas grandes e médias cidades do país. A Gleisi é minha companheira, e tenho total respeito por ela como presidente. O importante é que haverá esse debate dentro do PT, e tenho certeza de que todos desejam promovê-lo, inclusive a presidente”, disse Padilha.

Apesar da tensão manifestada, Padilha reconheceu que não conversou com Gleisi desde o desentendimento, mas afirmou que isso não representa um problema. “Não encontrei com ela, mas isso aí está tranquilo. Se tem uma coisa que existe no PT, é debate”, concluiu.

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