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      Troca de Nísia por Padilha na Saúde busca "mais comunicação e mais articulação", diz Rui Costa

      Ministro da Casa Civil elogia trabalho da agora ex-ministra da Saúde e diz que mudança na pasta “é mais uma mudança de perfil”

      Rui Costa (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou nesta quarta-feira (26), em entrevista à GloboNews, que a substituição de Nísia Trindade por Alexandre Padilha (PT) no Ministério da Saúde tem como objetivo aprimorar a comunicação e a articulação do governo federal com estados e municípios. Segundo ele, a mudança não se trata de uma crítica ao trabalho de Nísia, mas sim de um ajuste para a segunda fase do governo Lula (PT).

      "Essa é a segunda mudança que o presidente faz. A primeira foi na comunicação, onde ele colocou um novo ministro, o Sidônio, com o objetivo de melhorar a informação, customizar mais a informação, capilarizar, dar mais visibilidade, segmentar a informação e fazer com que a população tenha a percepção exata do que o governo está fazendo, porque é um volume muito grande de ações em várias áreas, mas isso não é perceptível pela população", explicou Rui Costa.

      O ministro destacou que Sidônio Palmeira, nomeado para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, está desempenhando um trabalho intenso para melhorar a estratégia de divulgação das ações governamentais. "O Sidônio está em um esforço enorme, trabalhando bastante, de 12 a 14 horas por dia com a equipe que ele montou, para repaginar a comunicação e fazer com que a população tenha o direito à informação", acrescentou.

      Sobre a Saúde, Rui Costa elogiou a gestão de Nísia Trindade e enfatizou que a ex-ministra enfrentou um cenário desafiador ao assumir a pasta. "O presidente conversou com a ministra Nísia, que fez um trabalho enorme de reconstrução da pasta. E digo reconstrução porque a Nísia encontrou na carteira do ministério 4,5 mil unidades básicas de saúde que prefeitos e governadores tinham instalado, algumas funcionando e outras não, e que há quatro anos esperavam credenciamento do Ministério da Saúde", afirmou.

      Ele também ressaltou que havia 4 mil obras de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Postos de Saúde da Família (PSFs) e hospitais paralisadas, além de leitos de UTI que não haviam sido credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "O SUS é um financiamento tripartite. E, portanto, ela teve um papel de reorganizar o SUS, reiniciar as obras, refazer o pacto federativo, dando as mãos de novo aos prefeitos e governadores para fazer o SUS", pontuou.

      A saída de Nísia, segundo Rui Costa, faz parte de uma estratégia de ajuste de perfis dentro do governo. "É mais uma mudança de perfil para um segundo tempo do jogo, de mais comunicação também e de mais articulação com os entes federados. Mas a ministra fez um enorme trabalho e sai com um saldo de um programa importante que ela lançou, que foi o mutirão de cirurgias", disse.

      O mutirão de cirurgias eletivas foi um dos programas de destaque na gestão de Nísia e alcançou o maior número de procedimentos desse tipo na história do SUS, graças ao aporte adicional de recursos para estados e municípios. Rui Costa enfatizou que Alexandre Padilha assumirá a pasta com o desafio de ampliar ainda mais essa iniciativa. "Agora, ela deixa pronto para Padilha encaminhar o reforço desse mutirão de cirurgias, cuja meta é zerar até 2026 a fila de vários procedimentos", concluiu.

      Secretaria de Relações Institucionais (SRI) - O ministro ressaltou que a nova fase do governo está centrada na execução de projetos, após a aprovação das principais propostas no Congresso. “As principais propostas do governo já foram estruturadas, foram aprovadas, mas é preciso intensificar isso. Este ano é um ano de entregas”, disse.

      Questionado sobre o perfil ideal para ocupar o cargo que era de Padilha na SRI, Costa enfatizou a necessidade de um ministro com habilidade para dialogar com parlamentares, governadores e prefeitos. “É preciso um nome que tenha vontade de dialogar com o Congresso, dialogar com prefeitos e governadores, porque temos dois anos de uma nova etapa”, afirmou.

      A decisão final, segundo ele, será tomada pelo presidente Lula no momento certo. “Eu acho que o presidente está refletindo qual o melhor perfil, qual o melhor nome e, no momento adequado, ele vai divulgar”, concluiu.





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