Moraes abre novo inquérito contra réus no caso Marielle para investigar obstrução e corrupção
O ministro do STF atendeu a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (18) a abertura de um novo inquérito nas investigações dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, mortos por integrantes do crime organizado em março de 2018, num lugar sem câmeras na região central do município do Rio (RJ). O STF atendeu a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Investigadores da Polícia Federal vão apurar a tentativa de obstrução das apurações sobre as mortes dos dois e de indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Ao Supremo, a PGR afirmou que existem indícios da participação de Rivaldo Barbosa, "de forma estrutural e reiterada", na tentativa de esconder o assassinato e autoridades policiais e do Poder Judiciário.
No começo deste mês, a defesa negou que o delegado tenha conhecido os irmãos Brazão. Também afirmou que, um indicativo da inocência do ex-chefe da Polícia Civil, foi a entrega do celular de Barbosa para a Polícia Federal.
O STF tornou réus o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o irmão dele e ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ), Domingos Brazão, o delegado Rivaldo Barbosa e outras duas pessoas.
A ex-vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018 por integrantes do crime organizado - Ronnie Lessa, que efetuou os disparos e réu confesso, e Élcio Queiroz, que admitiu ter dirigido o carro de onde partiram os tiros.
Investigadores apuram se as denúncias da ex-parlamentar contra a exploração imobiliária ilegal em algumas regiões onde a família Brazão queria expandir negócios no esquema.
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