Agência Brasil - O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu neste sábado (5), por 48 horas, o perfil no Instagram do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB). A determinação é do juiz Rodrigo Capez.
A decisão foi tomada em notícia-crime apresentada pelo também candidato Guilherme Boulos (PSOL) após Marçal divulgar em suas redes sociais um laudo falso que apontaria o consumo de drogas por Boulos e a internação em uma clínica por surto psicótico.
Na decisão, o juiz Rodrigo Capez afirma que a conta de Pablo Marçal, no Instagram, "tem sido utilizada para a divulgação de fatos infamantes e inverídicos".
Além disso, ele aponta haver indícios de pelo menos quatro crimes previstos no Código Eleitoral. Segundo o magistrado, "trata-se de notícia de fatos concretamente graves, perpetrados às vésperas do pleito eleitoral, em tese, com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor".
Capez determinou ainda a instauração de inquérito pela Polícia Federal para apuração dos fatos.

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Sudeste

Justiça nega prisão, mas ordena suspensão do perfil de Marçal no Instagram após publicação de laudo falso

247 – A filha do médico José Roberto de Souza desmentiu, neste sábado (5), as alegações feitas por Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, sobre a suposta internação de Guilherme Boulos (Psol) por uso de cocaína.
Em entrevista à TV Globo, a oftamologista Aline Garcia Souza afirmou que o pai, falecido em 2022, nunca trabalhou na clínica Mais Consulta e, portanto, jamais poderia ter atestado o falso atendimento de Boulos, como sugerido no receituário divulgado por Marçal na sexta-feira (4).
"Nunca atuou nessa clínica. Meu pai trabalhava e atuava em Campinas. Ele morou lá a vida dele. Ele era formado pela Unicamp e desde então atuou lá. Não tinha clínica em São Paulo. Eu fiquei sem entender nada, fui pega de surpresa. Fui comunicada pela babá das crianças que tinha Polícia Civil me procurando com investigadora para abordar essa questão de falsificação de documento com nome do meu pai", afirma Aline.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) já determinou a remoção imediata do conteúdo falso das redes sociais de Marçal, incluindo Instagram, TikTok e YouTube.&nbsp;

Aline Souza com o pai José Roberto de Souza

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Filha do médico que supostamente assinou documento usado por Marçal afirma que laudo é falso

247 – A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou neste sábado (5) que o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), deveria "estar na cadeia, não na urna".
A declaração foi feita um dia após o ex-coach ter publicado um laudo médico falso, no qual sugeria que o também candidato Guilherme Boulos (PSOL) havia testado positivo para uso de cocaína.&nbsp;
Além de o documento ser falsificado, o médico que supostamente assinou o laudo já morreu, e a fraude na assinatura foi confirmada pela secretária do falecido.
“Um sujeito que falsifica a assinatura de um médico que já faleceu, para lançar uma acusação falsa contra Boulos, devia estar na cadeia, e não na urna”, escreveu em uma publicação na rede social Bluesky. “É a cara do bolsonarismo. Fraudadores, mentirosos, criminosos, golpistas, bandidos na política é o que eles são”.

Brasil

“Marçal tem que estar na cadeia, não na urna”, diz Gleisi

247 – O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) declarou neste sábado (5) que o laudo médico falso, divulgado por Pablo Marçal (PRTB) na última sexta-feira (4), no qual sugeria que o psolista havia testado positivo para uso de cocaína, foi desmascarado em poucas horas.
“Eu já tinha visto nesse país o desespero dos nossos adversários com o crescimento da onda da mudança em São Paulo. Ontem, um deles chegou ao limite de falsificar um documento, mas a farsa caiu. A farsa foi desmascarada em poucas horas. Agora, o que a gente espera é que a Justiça tome as medidas cabíveis”, afirmou Boulos em ato de campanha na Avenida Paulista.
Além de o documento ser falso, o médico que assinou o laudo já morreu, e a fraude na assinatura foi confirmada pela secretária do falecido. O dono da clínica Mais Consulta, Luiz Teixeira da Silva Junior, responsável pelo laudo, também é amigo de Marçal e já foi condenado por falsificação de documentos públicos, incluindo um diploma de medicina.
Boulos informou que já entrou com ações na Justiça Civil e Eleitoral.
"Eu tenho muita confiança de que a verdade vai vencer a mentira amanhã nas urnas e que as pessoas não vão depositar ódio, não vão depositar medo, não vão depositar ressentimento na urna. Elas vão depositar sonho e esperança", disse.

"A farsa caiu", diz Boulos sobre laudo publicado por Marçal

247 – O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), publicou na sexta-feira (4) um laudo médico falso, no qual sugeria que Guilherme Boulos teria testado positivo para cocaína.
De acordo com a <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2024/10/marcal-atirou-contra-a-propria-democracia-quando-mentiu-sobre-boulos-na-reta-final.ghtml">coluna</a> da jornalista Míriam Leitão, no jornal O Globo, Marçal teria forjado o documento porque “sabe que os cuidados com que a democracia e a Justiça Eleitoral cercam os candidatos são muitos e ele queria se esconder nesse escudo para praticar seu crime”.&nbsp;
Isso porque, desde o dia 21 de setembro até 8 de outubro, passou a valer a regra do Código Eleitoral que proíbe a prisão ou detenção de candidatos, exceto em caso de flagrante delito.
Conforme relatado pelo veículo, além de o documento ser falso, o médico que assinou o laudo já morreu, e a fraude na assinatura foi confirmada pela secretária do falecido. O dono da clínica Mais Consulta, Luiz Teixeira da Silva Junior, responsável pelo laudo, é amigo de Marçal e já foi condenado por falsificação de documentos públicos, incluindo um diploma de medicina.
Segundo Miriam Leitão, o crime de Marçal foi premeditado. “A hora escolhida, o tiro disparado de dentro do escudo protetor da Justiça Eleitoral”, afirmou a jornalista, destacando que ele usou a própria democracia contra ela mesma.

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