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    Eduardo Bolsonaro entrou nos EUA com visto de turista e só poderá permanecer no país por até 6 meses

    Deputado, que está há 10 dias nos EUA, pode solicitar a extensão do prazo por mais 30 dias, mas já disse que pretende pedir asilo político ao governo Trump

    Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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    247 - Nos Estados Unidos há 20 dias, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entrou no país com um visto de turista (B1/B2), que permite estadia de até seis meses para viagens curtas e cursos rápidos, informa o jornal O Globo. Caso necessite estender sua permanência, o parlamentar poderia solicitar uma ampliação de 30 dias. No entanto, Eduardo já afirmou que pretende pedir asilo político ao governo de Donald Trump, estratégia que, se bem-sucedida, pode resultar na obtenção do green card — autorização de residência permanente nos EUA.

    Nesta terça-feira (18), após afirmar que se licenciaria do mandato por quatro meses — período em que seu visto de turista permaneceria válido —, Eduardo declarou não ter "a mínima possibilidade de voltar ao Brasil". A fala veio mesmo após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ter se manifestado contra a apreensão do passaporte do parlamentar, medida que o próprio deputado apontava como razão para abrir mão temporária do cargo. Jair Bolsonaro (PL), reforçou o plano, dizendo que, caso o filho pedisse asilo político, "o Trump daria na hora".

    A decisão de Eduardo Bolsonaro surpreendeu parte do Congresso e é vista como uma tentativa de mobilizar aliados diante do risco de um revés no Supremo Tribunal Federal (STF). No último domingo (17), Jair Bolsonaro comandou uma manifestação esvaziada em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde defendeu a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. 

    Na terça-feira, Eduardo também afirmou que permanecerá nos Estados Unidos até que o ministro do STF Alexandre de Moraes seja punido por “abuso de autoridade”. Ele também pretende manter diálogo com figuras ligadas ao governo Trump para tentar pressionar a Justiça brasileira e a implementar sanções contra Moraes  através de influência externa.

    Mesmo com a licença, Eduardo Bolsonaro não perde o mandato, mas terá seu salário cortado. Jair Bolsonaro sugeriu que já recebeu pedidos para que o filho permaneça no exterior e indicou que pode sustentá-lo financeiramente. Ainda de acordo com a reportagem, em caráter reservado, ministros do STF avaliam que o movimento de Eduardo pode ser um sinal de que Jair Bolsonaro está preparando o terreno para deixar o país.

    Aliados e integrantes do PL tentaram justificar a decisão, alegando que Eduardo estava resistindo a "atos arbitrários". Antes de anunciar sua posição, o deputado telefonou para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e posteriormente comunicou sua decisão à bancada do partido.

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