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      'Não é normal que deputados governistas apoiem anistiar quem tentou matar Lula', critica Lindbergh

      Líder do PT na Câmara dá ultimato: "é hora desses deputados definirem se querem ou não continuar na base do governo"

      Lindbergh Farias (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para afirmar que a defesa do PL da Anistia feita por Jair Bolsonaro (PL) interessa, sobretudo, a ele próprio, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. "Só se preocupa com o próprio umbigo", postou. O parlamentar também criticou duramente a postura de deputados da base governista que assinaram o requerimento de urgência da proposta. 

      "Não dá para achar normal que deputados da base do governo assinem um projeto de anistia para quem tentou matar o Lula. É hora desses deputados definirem se querem ou não continuar na base do governo", escreveu Lindbergh no X, antigo Twitter.

      Na postagem, o líder do governo na Câmara ressalta que a proposta de anistia não tem nenhum caráter humanitário ou de preocupação com os presos, mas sim de uma estratégia para que Bolsonaro evite ser responsabilizado, principalmente em relação à operação "Punhal Verde Amarelo", que envolveu planos de assassinato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

      "Ontem ele disse 'não nos interessa redução de pena, mas anistia ampla, geral e irrestrita'. Caiu a máscara!", destacou. "Ele não está preocupado com ninguém que está preso, ele só pensa nele. Anistia ampla, geral e irrestrita é para fugir da responsabilidade pela operação Punhal Verde Amarelo, o sórdido plano de assassinato do presidente Lula, de Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes", completou em seguida.

      Além disso, o deputado chamou atenção para o fato de que a proposta de anistia é inaceitável, já que o Ministério Público havia oferecido um acordo de não persecução penal para os envolvidos, no qual os condenados poderiam cumprir obrigações como a proibição de usar redes sociais por dois anos e fazer um curso sobre democracia. No entanto, Lindbergh Farias destacou que "quase metade dos condenados não aceitou o acordo", o que evidencia, segundo ele, a radicalização de muitos dos envolvidos.

      No texto, o deputado também se manifestou sobre a possibilidade de revisão de penas, mas sublinhou que qualquer revisão deveria ocorrer dentro dos parâmetros legais e com a devida participação do STF. "O parlamento não pode revisar pena alguma. Eventual discussão sobre revisão de pena é questão processual que deve ser discutida no âmbito judicial pelo STF, de forma única e exclusiva, no exercício do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa", afirmou o deputado. "O fundamental é que Bolsonaro e os generais golpistas sejam julgados, condenados e presos. Sem anistia!", finalizou. 

       

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