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PF indicia Juscelino Filho por corrupção e lavagem de dinheiro

Crimes atribuídos ao ministro das Comunicações teriam ocorrido quando ele ainda era deputado federal

Juscelino Filho (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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247 - A Polícia Federal concluiu que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), faz parte de uma organização criminosa e cometeu o crime de corrupção passiva em relação a desvios de recursos de obras de pavimentação financiadas com recursos da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Segundo a Folha de S.Paulo, o ministro foi indiciado por suspeita de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Até o momento, Juscelino Filho não se manifestou sobre o indiciamento.

As suspeitas giram em torno de irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire (MA), cidade governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, financiadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino quando ainda era deputado federal. A Controladoria-Geral da União (CGU) relatou que uma das obras beneficiou propriedades da família do ministro, o que se tornou um dos principais elementos para a investigação da PF.

O relatório final do caso foi encaminhado ao ministro Flávio Dino, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações foram impulsionadas pela descoberta de mensagens entre Juscelino e Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, empresário apontado como sócio oculto da Construservice, empresa envolvida nas obras.

As mensagens entre Juscelino Filho e Eduardo DP, obtidas pela PF durante a operação Odoacro, revelam conversas sobre a execução de obras e a destinação de emendas parlamentares. Segundo a PF, essas mensagens confirmam a "atuação criminosa de Juscelino Filho" dentro da organização criminosa liderada por Eduardo DP.

“Os caminhos citados na investigação envolvem a pavimentação de estrada que beneficiava propriedades dele, as indicações de pagamentos a terceiros e a contratação de uma empresa que a PF suspeita ser do próprio Juscelino. A empresa do próprio ministro destinatária dos valores, diz a PF, é a Arco. Ela chegou a realizar uma obra, com verba indicada por Juscelino, de recuperação da estrada de terra que dá acesso à fazenda do ministro”, destaca um trecho da reportagem.

Em setembro de 2023, a irmã do ministro foi alvo de busca e apreensão. Apesar do pedido da PF, a busca contra Juscelino Filho foi negada pelo ministro Luis Roberto Barroso, mas seus bens foram bloqueados. O inquérito segue sob a relatoria de Flávio Dino no STF.

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