
As elites paraibanas acham feio o que não é espelho
Já pensaram onde o mundo vai parar: um negro atendendo uma distinta senhorita branquíssima como as nuvens do céu e um mortal questionando as decisões de um desembargador? É o fim do mundo!
É uma espécie de VAR supraconstitucional. Funciona assim: se a Lei, por algum modo, for ou puder vir a ser favorável ao ex-presidente Lula, a Globo faz um editorial e uma de suas excelências pede o “árbitro de vídeo”. Desta vez foi o ministro Fachin, mas não é a primeira vez
As oligarquias nordestinas, pela experiência histórica da dominação e de controle do poder público, sabem se adaptar aos ventos do fascismo
Alguma surpresa se amanhã propuserem a suspenção da Lei Áurea?
O Poder Judiciário brasileiro é lento, moroso, preconceituoso, elitista. Não por acaso, historicamente, cúmplice de golpes de Estado que resultaram em regimes ditatoriais (embora, ridículos supremos ministros ridiculamente o tentem negar), como em 1937 e 1964, ou fascistóides e genocidas, como o governo atual
Talvez esteja aí uma das causas da grandeza do PT: um partido de todos e de ninguém; ou melhor, todos se sentem no direito de decidir sobre o partido; todos têm opinião sobre o partido e sua dinâmica interna; se o partido pode ou ter candidato, quem deve ou não apoiar
A verdade é dura e, talvez por isso, fere! Mas, ao menos desta vez, está do lado do ministro Gilmar Mendes!
Começo pelos negócios de família do senador José Serra (PSDB-SP) outra vez flagrado em suíças operações, mas que, mesmo depois de escândalos diversos, de ambulâncias a hemocentros, de “privataria” a “rodoanéis” e “cento e tantos milhões” na Suíça, continua receber tamanha indulgência da mídia corporativa que não seria dispensada nem a Irmã Dulce
A tal “Operação Lava Jato”, um dos pilares do moralismo seletivo, cínico e degenerado de nossas classes médias, foi outra vez flagrada em crime de lesa pátria, afora os demais, ao descobrir-se que “o menino maluquinho e farsante” Deltan Dallagnol prestava serviço ao FBI e ao governo americano, com o fito de destruir a democracia e empresas brasileiras
Na prática, já há algum tempo, parte das forças armadas brasileiras, em especial o nanogeneralato do Exército, em troca de cabides e tostões, se converteram em leão de chácara de milicianos: de depósito de fuzil a carregamento de pasta de cocaína no avião presidencial, tudo vale
Como os militares governistas irão reagir a mais esta evidência de que estão servindo de guarda pretoriana para um grupo político miliciano que, com a conivência (e para a conveniência) de parte das elites brasileiras, tomou o poder da República, convertendo-a numa “república das milícias”?