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O Golpe de 1964 matou o Última Hora de Samuel Wainer. Mas, o de 2016 e sua extensão, em 2018, não lograram o mesmo com o Brasil 247
O Golpe de 1964 matou o Última Hora de Samuel Wainer. Mas, o de 2016 e sua extensão, em 2018, não lograram o mesmo com o Brasil 247
A verdade pode ter mais a ver com testar o impacto de uma resposta dura na área da segurança pública para disputar o eleitorado ansioso com isso, que é numeroso, pluriclassista e se inclina por Jair Bolsonaro
Certeza mesmo só com Lula na disputa. Com ele, todo mundo sabe, é conversa para lá, conversa para cá e o Brasil sai do Mapa da Fome virando credor do FMI. Sem ele, ninguém sabe no que pode dar e todos os sinais apontam para o desconhecido
Lula agora entra em outra etapa, a de que deixa de servir somente ao jogo político. Pelo que enfrentará em carne e osso, ele será candidato não à presidente mas ao Nobel da Paz, aquele que, por amor, professa sua escolha de vida e tudo suporta. É aquilo o que disse o sábio do Recôncavo: "o grande vencedor se ergue além da dor". A dele é dar dignidade às pessoas e ao país que não a tinham plenamente
Se é óbvio que o Legislativo e o Executivo espelham a sociedade existente que lhes elege, menos se pode dizer a respeito do Judiciário, pela enorme restrição a seu acesso. Assim, não há nenhuma razoabilidade para a afirmação de que o Judiciário não pode ser questionado
Recordista histórico nacional e conjuntural mundial em impopularidade, contrariou o wishful thinking permanente à esquerda, conspirações midiáticas à direita e se manteve no Palácio do Planalto derrotando não uma, mas duas denúncias da Procuradoria-Geral da República
Patrus Ananias e o Bolsa-Família são a simplicidade bem no meio entre São Paulo e o Nordeste, e entre o que precisa começar a ser refeito para se chegar novamente na estrada principal das mudanças
A política de alianças segue uma necessidade. A com a esquerda sempre existiu e até se fortaleceu após o Impeachment, inclusive englobando de maneira mais orgânica os movimentos sociais democráticos. O dilema segue sendo a construção de maiorias parlamentares e eleitorais, já que neste sufrágio Lula disputa uma prévia jurídico-política.
Agora, é sintomático no continente o avanço do ativismo judicial populista para uma espécie de seleção entre quem pode ou não dirigir cargos públicos eletivos. Quase sempre isso é desferido contra lideranças de centro-esquerda relevantes. Quase sempre, abre-se caminhos para o extremismo de direita
A candidata comunista Manuela D'Ávila apareceu na sondagem do fim de semana na média dos 2%, emparelhada, à esquerda, com pesos pesados como Fernando Haddad e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à direita. Se eles são considerados com chance, por que não a candidata do Partido Comunista?
Caso Alckmin chegue ao segundo turno contra Bolsonaro, num cenário sem Lula, o que é pouco provável que haja duas candidaturas de direita, o voto no quanto pior melhor da esquerda poderia prevalecer, sobretudo se os "acenos à esquerda" forem deste naipe do "Gente em primeiro lugar"
O que o ex-presidente Lula disse, ao fim e ao cabo, é que, desta vez, a "Carta ao Povo Brasileiro" terá de ser "escrita" pelo mercado. Quem perderá mais neste estica-e-puxa será uma incógnita, mas ao não confrontar Bolsonaro e nem de sinalizar ao mercado, a candidatura do ex-presidente perde duas oportunidades