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    "Extremamente grave", diz Lula sobre mudança na política de checagem de fatos da Meta

    Presidente afirmou que cada país deve decidir sobre os limites das redes sociais: ‘três cidadãos não podem ferir a soberania de uma nação’

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia para lembrar os dois anos dos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes - 08/01/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Em meio a mudanças anunciadas pela Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, o presidente Lula (PT) expressou preocupação com o impacto do fim da política de moderação de conteúdo da gigante tecnológica. Em declaração a jornalistas nesta quinta-feira (9), Lula classificou a situação como “extremamente grave” e defendeu que cada país deve preservar sua soberania para definir os limites de atuação das redes sociais.

    “Eu vou fazer uma reunião hoje para discutir a questão da Meta. Acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do cara que comete um crime na imprensa escrita. É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e pudesse não ser punido por fazer a mesma coisa na rede digital. O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação”, afirmou Lula.

    A declaração do presidente ocorre após o anúncio da Meta sobre uma mudança radical em sua política de checagem de fatos. A empresa decidiu abandonar as parcerias com verificadores de fatos terceirizados, substituindo-as por um sistema de “notas da comunidade”, semelhante ao modelo adotado pelo X (antigo Twitter), de Elon Musk.

    Mark Zuckerberg, CEO da Meta, justificou a alteração como um movimento em direção à descentralização do controle sobre o conteúdo. Segundo Joel Kaplan, Chefe de Assuntos Globais da empresa, as parcerias anteriores com verificadores de fatos tinham boas intenções, mas acabaram “prejudicadas por preconceitos políticos” na escolha e no tratamento dos temas verificados.

    “Agora temos uma nova administração e um novo presidente [Donald Trump] que são grandes defensores da liberdade de expressão, e isso faz a diferença”, afirmou Kaplan, sugerindo que a mudança reflete uma aproximação com valores defendidos pela nova administração norte-americana.

    Críticos apontam para o risco de desinformação em massa e polarização política, enquanto aliados da direita celebram o fim do que consideravam uma abordagem tendenciosa.

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